Aprenda a pular corda e perder peso de forma saudável e permanente
Emagrecer sem remédios ou cirurgia não é tarefa
fácil, principalmente para as mulheres. Exige a união de três fatores:
reeducação alimentar, exercícios e força de vontade. Mas é possível, sim,
perder peso de forma saudável: bastam empenho e persistência. Nesse sentido, o
Bem Estar desta quarta-feira (15) trouxe dicas para você entrar na medida
certa.
Para incentivar as pessoas a comerem menos,
gastarem mais energia e não sentirem tanta culpa, o endocrinologista Alfredo Halpern e o preparador físico José Rubens D'Elia participaram do programa. D'Elia ensinou a fazer
uma corda em casa, com materiais simples e baratos (a corda custa em média R$
2). Em seguida, ele e o professor de educação física Fabio Grieco mostraram o
jeito certo de pular. Meia hora de atividade equivale às calorias de um
hambúrguer caprichado.
O advogado Alexandre Berthe também esteve presente
no estúdio, ao lado dos consultores. Ele já perdeu mais de 30 quilos após uma
redução de estômago. Mas sua mudança de vida não está acontecendo apenas por
causa da operação: ele come melhor e está praticando exercício físico. A
circunferência da cintura dele diminuiu de 122 cm para 85 cm, medida ao vivo
nesta quarta. Cada quilo que ele eliminou equivale a 1 cm de cintura a menos.
Segundo Halpern, semanas ou meses depois de o corpo
começar a se movimentar, pode ser desencadeado um "vício" em
endorfina. É algo normal, que faz bem e ajuda a manter a vontade de fazer
atividade e frequentar uma academia, por exemplo. Na opinião do médico,
Alexandre ainda não "tomou gosto" pela endorfina.
Além disso, em cirurgias bariátricas, os hormônios
do estômago são alterados, o que afeta a sensação ao ingerir determinados
alimentos. Por isso, há o desejo específico por alguns que antes eram
"normais" e a rejeição a outros que eram adorados.
Alexandre também contou como foi sua viagem aos
Estados Unidos e o que fez para controlar a vontade de sair da linha no país do
fast food. Ele até tentou tomar refrigerante, com autorização da nutricionista,
mas passou mal e voltou a beber água.
De acordo com Halpern, essa sensação pode ser
chamada de "dumping": é como se o refrigerante tivesse passado muito
rápido para o estômago e fosse direto para o intestino, o que causou uma
sensação ruim. Uma comida muito energética ou rica em carboidratos e gorduras
também provoca essa reação.
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Ainda na série Pensando Leve, a manicure Alexandra
Silvério disse que tem ido à academia três vezes por semana e está levando a
nova rotina a sério. Atualmente, ela caminha meia hora na esteira, pedala 25
minutos na bicicleta e faz mais 20 minutos de musculação. Para terminar, um
alongamento.
E não é só resistência que Alexandra está ganhando:
aos poucos, ela adquire convicção de que não precisa tomar moderadores de
apetite para emagrecer. E também de que tem controle sobre a própria mente.
O endocrinologista do Bem Estar, porém, citou
estudos que mostram que pessoas com obesidade grave não conseguem perder peso
sozinhas, sem o auxílio de medicamentos ou cirurgia. "Remédios não são
vilões nem demônios", disse Halpern.
A questão sobre a possível proibição do moderador
de apetite sibutramina no Brasil também foi levantada, e a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou uma nota em resposta. Segundo a Anvisa,
esses medicamentos oferecem sérios riscos à saúde, que superam os benefícios. A
decisão ainda está sendo analisada por uma comissão colegiada.